A partir da
implementação de uma reserva técnica, os documentos e acervos em geral,
relativos à história das instituições penais da Ilha Grande, estarão salvaguardados
de modo a perpetuar os traços culturais de um grupo social muito particular. A
reserva foi criada e os trabalhos de recuperação de documentos e implantação do
acervo estão sendo realizados. Não obstante, temos poucos recursos disponíveis
e as condições climáticas são bastante adversas.
O trabalho de
preservação que está sendo realizado na reserva
técnica do Museu do Cárcere, mesmo que de forma lenta e distante do
ideal ou o planejado, é mais uma forma de atender as demandas sociais por
reconhecimento e valorização de sua história e patrimônio. Estimulando um
processo contínuo, previsto como objetivo do Museu, de fortalecimento de autoestima
naquela comunidade. O desenvolvimento das atividades na reserva técnica, no
próprio museu, representa a redução de custos de transporte e a redução de
eventuais prejuízos ao acervo.
A partir da
implementação efetiva de uma reserva técnica, modernamente equipada e
mobiliada, o Museu do Cárcere habilita-se a desenvolver com mais segurança e
competência sua missão museal, de instituição que adquire, conserva e preserva
os testemunhos de sua comunidade.
Ela também é de conteúdo e perspectiva de atuação, para a
comunidade, escolas, turistas e pesquisadores. E essa mudança implica numa
grande intervenção da UERJ, colocando a atuação da universidade num novo
patamar junto a comunidade local e regional.
Essa ação tem possibilitado a consolidação do Museu do Cárcere em
sua missão museal, articulando pesquisa e extensão, o público especializado, a
comunidade e o turismo, tornando-se referência para o conhecimento e reflexão
sobre o sistema prisional.